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Série 'Adolescência' é um choque de masculinidade

Edição da newsletter Todas fala sobre a série 'Adolescência', da Netflix

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São Paulo

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Os meninos não estão bem. A série "Adolescência", da Netflix, disparou um furacão de debates sobre o que está acontecendo com crianças que buscam fóruns online para lidar com questões típicas da adolescência —amor, sexo, descobrimento do corpo, amizade— e acabam radicalizadas em discursos misóginos.

Um menino está sentado em uma mesa em uma sala de aula. Ele usa uma jaqueta esportiva azul com detalhes brancos e uma camiseta branca. O menino tem cabelo castanho e está olhando para frente com uma expressão relaxada. Na mesa, há um copo de papel e alguns objetos não identificáveis. Ao fundo, há estantes com livros e uma parede iluminada.
Owen Cooper como Jamie Miller na série 'Adolescência' - Divulgação/Netflix


Na série, um jovem de 13 anos é investigado por matar uma colega de classe. Ao longo de quatro episódios, a narrativa se desenrola em várias interações dele —uma, com a psicóloga designada para o caso, tirou o fôlego de muitos espectadores. A série dialoga com a realidade, inclusive, ao trazer nomes que existem fora da ficção, como o influenciador masculinista Andrew Tate.

Em sua crítica da série, a jornalista Luciana Coelho aponta como é trivial o contato do protagonista com a misoginia —por meio de colegas, em horas passadas na internet.


A repórter especial Fernanda Mena traz para o Brasil o debate e conversa com especialistas para entender a extensão do fenômeno por aqui.

Para a colunista Bianca Santana, é um fenômeno intimamente ligado aos ataques à democracia. Vulnerabilidade seria a chave para entender tanto os meninos que mergulham em ódio às mulheres, quanto para compreender pessoas que se envolvem em atos como os ataques de 8 de janeiro.

Li por aqui

Os espaços dedicados às crianças não são novidade. Eles existem em shoppigs, restuarantes, hotéis. Agora, chegam também às academias e permitem que mães consigam manter rotinas de exercício físico.

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Para a psicóloga americana Dasha Kiper, especializada em olhar para os cuidadores de pacientes com doenças neurodegenerativas, o autocuidado deve ser prioridade, mas não pode virar uma tarefa, sob o risco de sobrecarregar e causar culpa. Em entrevista à Folha, ela fala sobre pequenas atividades que podem garantir maior bem-estar a quem cuida.

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Comentários

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Alexandre Tavares

27.mar.2025 às 22h40

Engraçado que "lugar de fala" serve apenas para as 'minorias'. Se os homens(meninos) estão mal, por que não perguntar algo a eles? Existe um livro chamado Of Boys and Men que trata de homens como seres humanos e não como objetos sociológicos formados numa sociedade opressora e maniqueísta.