A prática de plágio na inteligência artificial tornou-se comum e precisa ter um paradeiro. Agora mesmo, nova busca do ChatGPT, da OpenAI, reproduz trechos de reportagens sem autorização. Uma associação de jornais classifica a prática como plágio; é claro que isso não é uma boa ideia.
Há abusos no ambiente digital. Providências em curso abrangem também a responsabilização de plataformas por conteúdo de exploração sexual. Os criminosos têm uma rede de comunicação bem articulada. Eles procuram as plataformas que não colaboram com a polícia. É necessário regular as big techs e melhorar a educação midiática da sociedade. As respostas do Congresso Nacional e do governo federal estão atrasadas. O plano, quando instalado, indicará ações, metas e previsão orçamentária em diferentes eixos, como prevenção, atendimento e participação.
Para especialistas, a presença desse material de uso negativo na internet deve crescer exponencialmente. Esse conteúdo é conhecido como CSAM, sigla em inglês para "child sexual abuse material". Num único fórum realizado na Inglaterra foram encontradas mais de 3.500 imagens de abuso sexual infantojuvenil produzidas com IA —32% do material continha penetração, bestialidade ou sadismo. Imagens de atividades sexuais sem penetração, como sexo oral e masturbação, compreendiam 22% do conjunto encontrado. A maior parte das vítimas representadas nas imagens era de crianças de 11 a 13 anos (48%) e de 7 a 10 anos (34%), sendo 99% do sexo feminino.
O impressionante é que havia muita verossimilhança desses materiais. Cerca de 90% pareciam com material real. Uma outra parte é intencionalmente gerada para não parecer realista: simulam desenhos e animações.
Em um ano, a Meta removeu 3,6 milhões de imagens e vídeos de abuso sexual de crianças e adolescentes identificados nos serviços privados do Facebook e do Instagram. O X, antigo Twitter, removeu 12,4 milhões de contas, enquanto o TikTok baniu 522 mil usuários. Como se vê, há muito trabalho pela frente.
Existe uma competição estabelecida entre China e Estados Unidos pela liderança da inteligência artificial. Como contraponto, a França está se apresentando por intermédio do seu presidente, Emmanuel Macron.
Ele anunciou um investimento de 50 bilhões de euros, que viriam dos Emirados Árabes (viva o petróleo) sob o risco de desemprego em massa, de violações de direitos autorais e da colossal pegada ecológica.
Esses recursos na França seriam utilizados especialmente na construção de datacenters. A França investirá 109 milhões de euros nos próximos anos em inteligência artificial. Macron afirmou que esse valor é equivalente para a França ao que os Estados Unidos anunciaram com o Stargate, o gigantesco projeto de infraestrutura de IA.
Enquanto isso, a receita da Microsoft supera previsões e o lucro da Meta assinala aumento de 35%. Há um forte impulso no Meta AI, o chatbot da empresa. E assim a IA segue.
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regulamentar as redes sociais, isto é, enquadra-las na subjetividade da esquerda é controle social!