Líder da ONU pediu fim do bloqueio à entrada de ajuda humanitária; ele defende que países devem ser responsabilizados por descumprir regras do direito internacional; mais de mil crianças teriam sido mortas ou feridas apenas na primeira semana após quebra de cessar-fogo.
Altos funcionários da organização relataram que população está sofrendo com bombardeios, ordens de evacuação e cerceamento da ajuda humanitária; mais de 1 mil pessoas foram mortas desde colapso do acordo.
Dentre as vítimas estava um funcionário das Nações Unidas; corpos foram regatados em vala comum, juntamente com ambulâncias e carros destruídos; autorização para acessar o local só foi concedida cinco dias após as mortes.
Em nota, secretário-geral da ONU disse que alcançar um acordo sobre liberdade de navegação para assegurar proteção de embarcações civis e infraestrutura pode ser crucial para segurança alimentar; conversações foram travadas na Arábia Saudita.
Enviado especial do secretário-geral alertou para onda de violência que tomou região costeira, impulsionada por discurso de ódio e desinformação; ele afirmou que investigações independentes e transparentes sobre assassinatos em massa de civis podem contribuir para fim da impunidade na nação árabe.
País há mais de 10 anos em guerra sofre com colapso da economia e da infraestrutura; preços dos alimentos subiram mais de 300% na última década, levando à fome e à desnutrição; portos e estradas para abastecimento de comida e remédios estão danificados ou bloqueados por bombardeios.
António Guterres confirmou presença reduzida após ataque em complexo da ONU que matou um funcionário e feriu outros cinco de forma grave; ele está preocupado com civis afetados por bloqueio da entrada de ajuda humanitária desde início do mês.
No Conselho de Segurança, coordenadora humanitária da ONU declarou “profundo alarme” com retomada de ataques e pediu retorno às negociações de cessar-fogo; representante da Unrwa alerta para perdas de vidas em grande escala e impactos de novas ordens de evacuação.
Líder da organização disse que a localização das instalações das Nações Unidas é claramente conhecida de todos os lados do conflito; ele enviou pêsames à família da vítima e disse que outros cinco funcionários ficaram gravemente feridos no ataque.
Relatos indicam que incidente em instalação do Escritório da ONU de Serviços para Projetos envolveu munição detonada dentro do edifício; ainda não se sabe se disparo foi por via aérea, artilharia ou foguete; outras cinco pessoas ficaram feridas; prédio atingido havia sido classificado como área livre de conflito.
